Após sofrer estupro de três homens em Florianópolis (SC), um jovem homossexual de 22 anos foi internado em estado grave. O crime ocorreu na última segunda-feira, 31 de Maio de 2021.
Não foram divulgados muitos detalhes, pois o caso corre em segredo de justiça.
Se sabe que a vítima foi abordada no centro da cidade e que sofreu torturas, como inserção de objetos cortantes no ânus.
Os estupradores também obrigaram o jovem a escrever palavras de cunho homofóbico com objetos cortantes no próprio corpo, como “veado”.
O jovem foi abandonado na rua após os atos de tortura, humilhação e espancamento por parte dos agressores, estes, homofóbicos.
O caso primeiramente foi encaminhado para Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso (DPCAMI) de Florianópolis e depois passado para a 5ª Delegacia de Polícia da Capital. A principal suspeita é que se trate de um crime de ódio.
A Comissão de Direito Homoafetivo e Gênero e do Direito da Vítima da OAB-SC acompanha o caso e soltou uma nota em repúdio. Veja a íntegra:
A Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional de Santa Catarina, através das Comissões de Direito Homoafetivo e Gênero e do Direito da Vítima, vêm a público manifestar repúdio ao crime bárbaro cometido na cidade de Florianópolis, contra um jovem gay de 22 anos, que de forma cruel foi torturado, estuprado e tatuado sob coação, com dizeres homofóbicos, permanecendo em estado grave no hospital.
As Comissões informam estar diligenciando esforços, junto às delegacias especializadas e entidades de proteção à comunidade LGBTQI+, na obtenção de informações sobre a apuração da autoria deste horrível crime e no auxílio jurídico e atenção aos familiares da vítima, manifestando, desde já, toda a solidariedade.
É mister reforçar o papel institucional destas Comissões, no sentido de trabalhar com a prevenção dessas violências, amparar as vítimas e buscar a punibilidade dos responsáveis por essa e inúmeras situações similares, que compõem um verdadeiro genocídio da população LGBTQI+, assistido frequente e cotidianamente no Brasil atual.
A presidente da Comissão, Margareth Hernandes, também veio a público para comentar o ocorrido.
“Mais um dia de violência no país que mais mata homo e transexuais no mundo. Discursos de ódio são aplaudidos e (…) pessoas morrem de forma cruel“, escreveu em uma rede social.
Fonte: Yahoo