O leilão para fornecimento de energia para Roraima, realizado hoje (31), movimentou R$ 1,62 bilhão em investimentos para contratar uma potência nominal de 293,8 megawatts. Os preços ficaram entre R$ 670 e R$ 1.059,17 para o valor pago pelo megawatt/ hora (MWh).
Ao todo, nove empreendimentos se habilitaram para fornecer energia para Boa Vista e outras localidades conectadas. Entre as geradoras, oito vão ter contratos de 15 anos por trabalharem com gás natural ou fontes renováveis. A Uniagro vai oferecer eletricidade a partir de quatro plantas de biomassa de resíduos de madeira.
A Enerplan e a BBF venceram a disputa com empreendimentos híbridos de biocombustível e energia solar. A BBF também vai fazer o fornecimento com outra planta quem mescla biocombustível com biomassa. A Azulão habilitou um empreendimento de gás natural, se tornando o maior fornecedor da disputa, com 126 megawatts de potência.
A Monte Cristo, única com contrato de sete anos, vai gerar a partir de óleo diesel, oferecendo 42,2 megawatts de potência.
O início do suprimento está previsto para 28 de junho de 2021. Haviam se cadastrado para participar do leilão de hoje 156 empreendimentos com capacidade.
Roraima é o único não integrado ao Sistema Interligado Nacional (SIN). O suprimento de energia era realizado por meio do recebimento de energia advinda da Venezuela, com complementação de geração térmica local. A energia do país vizinho provinha de uma linha de transmissão inaugurada em 2001 pelos então presidentes Hugo Chávez e Fernando Henrique Cardoso.
Entretanto, desde 7 de março de 2019, o fornecimento de energia foi completamento interrompido. Com isso, a região de Boa Vista vem sendo abastecida integralmente com a geração térmica local.