Sedentarismo no Brasil cresce durante a pandemia
15/12/2021 – Se você não se exercita, também não dorme e nem se alimenta bem, o que pode gerar ansiedade, dores e stress
Dados apontam que brasileiros se tornaram mais sedentários durante a crise sanitária; especialista em emagrecimento explica como superar a inatividade física
Com a determinação de medidas de quarentena e isolamento social para conter a pandemia de Covid-19, milhões de brasileiros adotaram o trabalho remoto e as aulas à distância, o que pode ter resultado no aumento da inatividade física e do comportamento sedentário. É o que demonstram os dados do “Projeto ConVid – Pesquisa de Comportamento”, balanço realizado pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) em parceria com a UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e a Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).
Segundo a pesquisa, que entrevistou 44.062 brasileiros em 2020, 62% dos participantes deixaram de fazer qualquer tipo de exercício ao longo da crise sanitária. De forma concomitante, a prática de exercícios físicos leves ou moderados apresentou uma queda de 41% no mesmo período, conforme um estudo publicado no jornal acadêmico Frontiers of Medicine, aplicado em 14 países, inclusive no Brasil.
Na visão do personal trainer e especialista em emagrecimento Vinícius Possati Nogueira, o brasileiro costuma procrastinar a parte dos exercícios físicos. “Segundo o Ministério da Saúde, 47% dos adultos não chegam a praticar 75 minutos de atividade física intensa ou 150 minutos de exercícios moderados durante a semana, como recomendado pela OMS (Organização Mundial da Saúde)”, cita.
Combatendo o sedentarismo
Para Possati a negligência com os exercícios físicos tem efeito negativo para o bem-estar das pessoas. “Se você não se exercita, também não dorme e nem se alimenta bem, o que pode gerar ansiedade, dores e stress. É um efeito cascata. As pessoas precisam entender que exercícios físicos não têm relação com a estética, e sim com a saúde”.
Com efeito, 41% dos brasileiros relataram que sentiram mais dores nas costas durante a pandemia – período marcado pelo confinamento -, ainda conforme estudo desenvolvido pela UFMG, Fiocruz e Unicamp. Paralelamente, a dor na coluna está entre as três principais causas de afastamento por doença dentro de empresas, segundo informações do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).
Diante disso, segundo o personal trainer, muitas empresas no Brasil e no exterior estimulam a prática de exercícios físicos entre os colaboradores. “Ao colaborar com custos com academia ou oferecer outros meios de incentivo, as empresas estão cuidando da saúde de seus colaboradores. Estes, por sua vez, tornam-se mais ativos, motivados e com menos chance de ficarem doentes, faltando menos ao trabalho e aumentando a produtividade a cada dia”, pontua.
De acordo com o especialista em emagrecimento, a principal dica para deixar de ser sedentário é escolher um exercício prazeroso. “Você pode começar com uma caminhada, ou mesmo optar por academia, dança ou futebol, o que te fizer mais feliz. Por outro lado, se você focar em algo que não gosta muito logo de início, não conseguirá se manter motivado por muito tempo”, explica.
Além disso, segundo ele, é necessário beber muita água, investir em uma alimentação de qualidade e em uma boa noite de sono. “Se levante, faça uma caminhada, considere voltar a dançar ou praticar o seu esporte favorito. Tenha em mente que, ao praticar atividades físicas, você investe em um método não farmacológico capaz de melhorar seus marcadores de saúde, como glicose, colesterol, e ainda por cima é de graça. É só começar”.
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