Dezembro Vermelho: Brasil registra queda no número de casos de Aids
São Paulo, SP 27/12/2021 – A campanha é muito importante para conscientizar as pessoas. A ideia do Dezembro Vermelho foi fantástica.
De acordo com os dados divulgados pelo Ministério da Saúde neste mês, em 2020 houve uma redução de 20,70% no registro de novos casos de Aids em relação ao ano anterior. Médica ressalta a importância da campanha Dezembro Vermelho.
De acordo com os dados divulgados pelo Ministério da Saúde neste mês, em 2020 houve uma redução de 20,70% no registro de novos casos de Aids em relação ao ano anterior. Em 2020, foram notificados 29,9 mil novos casos, já em 2019 o Brasil registrou o número de 37,7 mil novos casos de HIV. No total, segundo o Ministério da Saúde, 694 mil pessoas estão em tratamento contra o vírus, atualmente, no país.
Apesar do cenário epidemiológico no Brasil estar apresentando melhoras, a doença continua provocando óbitos. Em 2020, foram registrados 10.417 óbitos por Aids e, em 2019, 10.687, significando uma queda de apenas 2,52%. Diante disso, campanhas como o Dezembro Vermelho continuam sendo indispensáveis.
Segundo a médica ginecologista Dra. Márcia Regina Ono, que atende na rede AmorSaúde, a prevenção é fundamental. “A campanha é muito importante para conscientizar as pessoas. A ideia do Dezembro Vermelho foi fantástica”, afirma a médica. De acordo com a ginecologista, a realização da campanha e as iniciativas voltadas para sensibilizar a sociedade sobre o tema trazem resultados significativos. “As pessoas passaram a se conscientizar mais, usando preservativos”, aponta a Dra. Márcia Ono.
Instituída pela Lei nº 13.504/2017, a campanha nacional Dezembro Vermelho é formada por um conjunto de atividades e mobilizações relacionadas ao enfrentamento ao HIV/Aids e às demais ISTs. As ações são realizadas tanto pela administração pública como por entidades da sociedade civil e instituições privadas. O mês escolhido para a campanha deve-se ao fato do Dia Mundial de Combate à Aids ser celebrado no dia 1º de Dezembro, data definida pela Organização Mundial de Saúde (OMS), em 1988, período em que o tema começou a ganhar mais espaço no debate público.
Avanços
Com o passar do tempo e os avanços da medicina, muitas mudanças ocorreram em relação ao tratamento e diagnóstico do HIV/Aids. Apesar de ainda não haver cura, o uso de medicamentos antirretrovirais (ARV) age inibindo a multiplicação do vírus HIV no organismo, prevenindo a evolução para a Aids (doença causada pelo vírus HIV). Com isso, o que antes era uma condição quase sempre fatal, hoje, com o tratamento adequado, pode ser considerado um problema de saúde crônico, com boas expectativas de vida.
Uma outra mudança ocorrida nos últimos anos se refere à troca de terminologia de DSTs (Doenças Sexualmente Transmissíveis) para ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis). Segundo o Ministério da Saúde, o termo IST passou a ser adotado em substituição à expressão DST, porque destaca a possibilidade de uma pessoa ter e transmitir uma infecção, mesmo sem sinais e sintomas. Entre as principais ISTs, estão: Herpes genital; Cancro mole (cancroide); HPV; Gonorreia; Sífilis; Infecções por Clamídia; Tricomoníase e Hepatites virais B e C.
Com o tema “A prevenção é a melhor forma de amor”, a rede de clínicas populares AmorSaúde, em apoio ao Dezembro Vermelho, está promovendo uma série de ações para a conscientização sobre a prevenção do HIV e outras ISTs-Infecções Sexualmente Transmissíveis. Por meio de orientações divulgadas em todas as unidades e plataformas digitais da rede, a AmorSaúde destaca a importância das medidas de autocuidado como o uso do preservativo masculino ou feminino em todas as relações sexuais, o não compartilhamento de seringas e agulhas e, em uma situação de urgência, a utilização de uma medicação pós-exposição ao vírus.
Como existe a possibilidade de uma pessoa ter sido contaminada por uma IST, mas não apresentar sintomas, também é fundamental realizar consultas e exames médicos regulares. “Além de evitar transmissão, se for necessário, é possível iniciar o tratamento antes que surjam complicações”, aponta Leandro Freitas, gerente da AmorSaúde de Rio Claro/SP.
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