Como as mulheres podem treinar seu nariz para sentir os aromas dos vinhos

São Paulo 21/12/2021 – Isso é uma pena, já que um dos prazeres que o vinho oferece é justamente a possibilidade de desfrutar de uma série de aromas diferentes

O treino olfativo é uma realidade mas existem três erros que podem estar impedindo muitas mulheres de sentirem plenamente os aromas dos vinhos na fase olfativa.

Segundo artigo do Instituto do Cérebro, o olfato é fundamental para a nossa proteção, a memória e o prazer. Único sentido que têm ligação com o sistema límbico, ele é o responsável pela percepção dos aromas e o primeiro sentido desenvolvido nos recém-nascidos.

E o mais importante é que está comprovado que, com treinos diários, é possível ampliar o olfato de 30% a 50%, demonstrando que é possível desenvolver este sentido para reconhecer e apreciar os aromas dos vinhos

Agora, na opinião da sommelière Lylian Loureiro, criadora do método Castália que ajuda mulheres a dominar o universo dos vinhos através do poder da degustação, existem três erros que podem estar impedindo muitas mulheres de sentirem plenamente os aromas dos vinhos na fase olfativa. “Isso é uma pena, já que um dos prazeres que o vinho oferece é justamente a possibilidade de desfrutar de uma série de aromas provenientes da fruta, do processo fermentativo e até mesmo da etapa de amadurecimento dos vinhos”, conclui a sommelière.

E justamente para ajudar as mulheres a enfrentar este desafio é que ela lançou o curso O Degustar Feminino, onde conduz mulheres que gostam de vinhos, mas não sabem degustar, através das práticas da degustação sensorial de vinhos.

Desta forma as alunas deixam de ser meramente bebedoras de vinhos para se transformarem em mulheres que degustam, com conhecimento e sensibilidade. “E o efeito colateral de saber degustar é justamente o autoconhecimento e o desenvolvimento do próprio gosto pessoal por vinhos”, comenta Lylian Loureiro.

E quanto aos três erros mais comuns que podem prejudicar as mulheres que desejam aprender sobre vinhos, Lylian Loureiro faz os seguintes comentários.

O primeiro erro é pensar que é necessário ter um olfato especial ou ter nascido com um nariz diferenciado para começar a sentir os aromas dos vinhos. Na realidade muitas mulheres pensam que têm dificuldades olfativas porque simplesmente não utilizam o olfato habitualmente com a atenção necessária.

Um estudo comparativo conduzido pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), publicado no site Plos One, demonstrou que as mulheres têm maior quantidade de células nas regiões olfatórias (6 milhões de células de diferença entre os sexos), o que as favorece em 40-50% em relação aos homens. Ou seja, inclusive as mulheres estão melhor equipadas do ponto de vista do olfato.

Um segundo erro que as mulheres cometem é acreditar que somente com muitos anos de prática se pode realizar uma análise sensorial completa de vinhos. Existe uma técnica, um método, um protocolo a ser seguido para realizar uma análise sensorial (análise organoléptica) – aquela que se utiliza dos sentidos para avaliar algo, inclusive os vinhos.

E, ao aprender a dominar esta técnica, as mulheres em pouco tempo podem desenvolver suas habilidades sensoriais em relação a qualquer tipo de vinho. Portanto não se trata de dons especiais ou habilidades extraordinárias, mas sim de treinos habituais, práticas constantes sempre colocando a atenção plena no exercício, como um mindfulness do vinho, para garantir o aprendizado através do impacto da experiência.

A sommelière compara o processo de aprender a dirigir, e utiliza no seu método as quatro fases do ciclo de aprendizagem da PNL até adquirir a competência inconsciente.

E por último, o erro de imaginar que é impossível treinar o nariz para reconhecer os aromas dos vinhos, simplesmente é uma crença limitante, já que cientificamente falando é possível realizar o treino olfativo. Inclusive este treino faz parte da fisioterapia para quem perdeu o olfato, por exemplo, por causa da Covid-19.

E para desmistificar esta crença, temos exemplos como o da perfumista Verônica Kato, que comenta em matéria publicada no site Terra, que os perfumistas aprendem a distinguir os cheiros através de um processo de classificação e memória olfativa. Ou o exemplo da barista Silvia Magalhães que comenta que o café possui 36 aromas diferentes e que ela consegue distinguir quase todos, por conta de seu olfato treinado.

Para Lylian Loureiro, que vem conduzindo degustações exclusivas com mulheres desde 2002, a experiência demonstra que, com a técnica correta e realizando as práticas constantes, o sentido do olfato, tantas vezes esquecido, ou pouco utilizado, pode ser reativado e o grande benefício para as mulheres é poder apreciar os aromas dos vinhos em sua plenitude.

Para receber conteúdos e convites para eventos online das Mulheres do Vinho basta acessar o canal do Telegram https://t.me/mulheresdovinho

E para saber mais sobre a Castália Mulheres do Vinho e acompanhar a sommelière Lylian Loureiro nas redes sociais, existe o site www.mulheresdovinho.com.br

Website: http://www.mulheresdovinho.com.br

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